Este livro de colorir foi-me oferecido em 1984 pela minha tia Glória. É um livro fabuloso! A versão é tão inocente, que a Avó não foi comida, escondeu-se num armário. E o Lobo não comeu a Capuchinho porque quando o ía fazer o caçador aparece, dando apenas tempo para o lobo fugir. "O Lobo fugiu com tanta pressa, que nem teve tempo de tirar as roupas da avozinha." Não há feridos, nem mortos, nem lobo com a barriga cheia de pedras a morrer afogado. O castigo do Lobo Mau é a humilhação de andar na floresta vestido com a roupa da avozinha. No fim a Capuchinho e a Avó convidaram o Caçador para comer bolinhos. Embora ache graça a esta versão continuo a preferir a versão violenta. Os contos servem para ensinar não para enganar. As crianças não são estúpidas e não devem ser consideradas como tal. A violência dos contos infantis são uma forma de aprenderem o lado mau das coisas. Há muitos Lobos Maus na vida e é melhor começar por conhecer os das estórias.
Aqui a versão acaba só com uma Capuchinho engolida por inteiro e o Lobo Mau não tem qualquer castigo.
As recordações de infância são sempre melhores quando ternurentas :) Por acaso lembro de me contarem sempre as histórias tradicionais, e tremer por antecipação mesmo antes de o Lobo soprar e deitar a casa abaixo - isto n' Os Três Porquinhos. No entanto, a história do Capuchinho Vermelho que me contavam acabava tudo bem porque o caçador salvava o dia... O mito do eterno principe, a figura masculina que nos resgata no fim. Enfiiiim Mas as versão originais, de autor, são sempre mais crueis, mais de acordo com o nosso quotidiano ;)
ResponderEliminarObrigada por partilhas um cadinho da tua infância Ana!
Beijinhos
(xi que testamento....)